Existencialmente descalço, pés calejando
Com o universo na cacunda, tempo nublando
Amando em mar aberto, revolto, amplidão
Chovendo um pouco, estiando em segredo
Estiando choro, guardado por coqueiros
Procurando coqueiros, certificando que terra é essa
Cantando até a garganta secar
Embora nem sempre haja água a vista
Dando um jeito de chegar na boa vista, polindo lentes
Inclusive as minhas.
O som se propaga ligeiro
Quase não consigo acompanhar
Sigo até encontra-lo mudado
Somado do que eu fui me tornar.
Chega o fim de tarde e me faz a pergunta indispensável:
A canção é sua?
Os pés são seus?
E a bússola?
Agora mais do que nunca, querida.
Desnecessariamente, Gratidão.
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