Hoje a lua não brilhou no céu
Tampouco o sol resplandeceu
Grossas camadas de fel
Nublam um dia que não amanheceu
Grossas camadas de alegria
Hoje não trazem energia
Tampouco trazem vida
Nublam o sorriso que não nasceu
Morreu precoce
Antes que pudesse curar a tosse
Que escarra o cansaço da repetição
De viver sem sentido até a exaustão
Já exaurido do jogo, o poeta não repetirá
Palavras bonitinhas pra concordar
Com o predicativo do sujeito
A falta de fé lhe enche o peito
E grito sai como vontade de lutar
Se o poeta pudesse
Lutaria como lutou Davi
Inspirando seu povo a sorrir
Mas foi o poeta ver Davi cair
Que mudou o treinamento
A maior rasteira vem de dentro
E na impossibilidade de lutar contra si até a morte
O poeta joga com a própria sorte
No jogo de dentro mais difícil de se jogar
O que se joga dentro do próprio olhar
Inté quando veio a sinhá
Inventando motivo justo
Pá o capitão me cegá
E mamãe já dizia que eu era avoado
Aí danosse pá imaginação danada
Me mudasse a alma
Que pá eu me olhá
Só cum rosto no Sol
Sentindo o calor do olho de Tupã
Sou curumim de amanhã
Depois volto pra terminar a mensagem
Mas não vai ter dificuldade
Que não cicatrize
Feridas de ontem são diretrizes
Para proteções de hoje
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
A ordem dos fatores
E o produto
Dessa relação múltipla
Entre forma e conteúdo
É alterada pela música
E pela dança dos polos
Que ultrapassam o dualismo
Mas o romântico falou
Que o conteúdo vale mais
A forma tanto faz
Maior é o amor que vai mais fundo
E que o título do poema deveria ser
Conteúdo e Forma
Também pra respeitar a norma
Da ordem alfabética
Mas o desordenado pensou
Que a forma foi que fez
O conteúdo ter vez
De ser ouvido e aplaudido
Que se a forma falhasse na missão
O conteúdo se perderia
Em profunda inadequação
De boa noite em bom dia
Mas o educador ponderou
Que a forma que o aluno aborrece
Por vezes é sua prece
A uma imaculada intervenção
Que poderia ser sua salvação
Mas o que a escola vê de conteúdo
Na forma de sua ação
É mais um desordeiro
Que requer punição
O herói não conseguiu
Acompanhar a discussão
Com tamanha fundamentação
E foi logo metendo a mão
Não suportou o peso
Da lei da reação
Não houve maçã alguma
Que lhe ensinasse a lição
O político só falou
Da importância da diplomacia
Mas não soube intervir
Em como o nome do poema seria
Mas parece que marcou uma reunião
Para um dia aí
De uma semana corrida
Que ainda está por vir
O adolescente reclamou
Que no poema não tinha internet
E que tinha mais de 140 caracteres
Por isso não valia ser lido
Como se a forma pecasse
Por não se fazer curta
Para que caiba no HD
De uma mente turva
Um coração já envenenado
Pelo melhor licor de corpo suado
Outrora bebeu como fosse elixir da vida
De deixar mesmo escorrer pela virilha
Hoje não quer saber de formas
Que lhe virem os olhinhos
Mas não sejam plataformas
Que lhe elevem o espírito
O libertino vociferou
Se não aguenta pra quê veio?
Amor é pra quebrar no meio
As expectativas de louvor
E que se o coração
Não se dispõe a sofrer
Corre o risco de perder
Sua ardente paixão
O poeta não conseguiu segurar a gaitada
Quando viu o povo entrar na enrascada
E no perigoso risco
De viver sem sentido
Eu sou todos os personas
Todas as vertentes
Sou asa e sou corrente
Nascente e poente
Água e ardente
E tudo que se sente
Diz sobre quem é a gente
Dos conteúdos e formas
Que tu escolheste ler
Agora me diga
Quem é você?
E o produto
Dessa relação múltipla
Entre forma e conteúdo
É alterada pela música
E pela dança dos polos
Que ultrapassam o dualismo
Mas o romântico falou
Que o conteúdo vale mais
A forma tanto faz
Maior é o amor que vai mais fundo
E que o título do poema deveria ser
Conteúdo e Forma
Também pra respeitar a norma
Da ordem alfabética
Mas o desordenado pensou
Que a forma foi que fez
O conteúdo ter vez
De ser ouvido e aplaudido
Que se a forma falhasse na missão
O conteúdo se perderia
Em profunda inadequação
De boa noite em bom dia
Mas o educador ponderou
Que a forma que o aluno aborrece
Por vezes é sua prece
A uma imaculada intervenção
Que poderia ser sua salvação
Mas o que a escola vê de conteúdo
Na forma de sua ação
É mais um desordeiro
Que requer punição
O herói não conseguiu
Acompanhar a discussão
Com tamanha fundamentação
E foi logo metendo a mão
Não suportou o peso
Da lei da reação
Não houve maçã alguma
Que lhe ensinasse a lição
O político só falou
Da importância da diplomacia
Mas não soube intervir
Em como o nome do poema seria
Mas parece que marcou uma reunião
Para um dia aí
De uma semana corrida
Que ainda está por vir
O adolescente reclamou
Que no poema não tinha internet
E que tinha mais de 140 caracteres
Por isso não valia ser lido
Como se a forma pecasse
Por não se fazer curta
Para que caiba no HD
De uma mente turva
Um coração já envenenado
Pelo melhor licor de corpo suado
Outrora bebeu como fosse elixir da vida
De deixar mesmo escorrer pela virilha
Hoje não quer saber de formas
Que lhe virem os olhinhos
Mas não sejam plataformas
Que lhe elevem o espírito
O libertino vociferou
Se não aguenta pra quê veio?
Amor é pra quebrar no meio
As expectativas de louvor
E que se o coração
Não se dispõe a sofrer
Corre o risco de perder
Sua ardente paixão
O poeta não conseguiu segurar a gaitada
Quando viu o povo entrar na enrascada
E no perigoso risco
De viver sem sentido
Eu sou todos os personas
Todas as vertentes
Sou asa e sou corrente
Nascente e poente
Água e ardente
E tudo que se sente
Diz sobre quem é a gente
Dos conteúdos e formas
Que tu escolheste ler
Agora me diga
Quem é você?
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
As palavras do poeta
Se movimentam com vida própria
O leitor não enxerga
Sua linda trajetória
Eu escrevo porque preciso
Com o corpo em alto risco
Meu poema está escrito
Na dança que me faz lindo
Cada passo dado, cada passo negado
Cada golpe afirmado, o jogo superado
Tudo tem uma assinatura
De quem fez da alma santa escritura
caso não se aplique seus mandamentos
Murcha, padece em tormentos
O artista sem a arte
Se anula, se mata, se esquece
A necessidade de amor
Move todos os seres
E a ausência dele
Estaciona os saberes
Se amar é proibido
O que fazer consigo?
Que fatalmente nasceu do pecado
E não entende o que tem de errado
Em dar o melhor de si
Em ver tanta criança sorrir
Em ver tanta vida aqui
Onde o sol se põe
No estratégico horizonte
Do olhar dos alunos
Nova nascente sagrada
De vida potente e renovada
Na superação de tantos limites
Que a gente quase esquece
Que é feito de sangue e sonho
De falha e acerto, de medo e fé
A pessoa só pode ser o que é
E desde que decidi dar as costas
Para verdades impostas
Venho fundando respostas
Eis a fundamental:
Eu sou todo amor
Mas faça-me um favor
Quando for olhar o mar
Não fique entre ele e o rochedo
Principalmente se não souber nadar
Se movimentam com vida própria
O leitor não enxerga
Sua linda trajetória
Eu escrevo porque preciso
Com o corpo em alto risco
Meu poema está escrito
Na dança que me faz lindo
Cada passo dado, cada passo negado
Cada golpe afirmado, o jogo superado
Tudo tem uma assinatura
De quem fez da alma santa escritura
caso não se aplique seus mandamentos
Murcha, padece em tormentos
O artista sem a arte
Se anula, se mata, se esquece
A necessidade de amor
Move todos os seres
E a ausência dele
Estaciona os saberes
Se amar é proibido
O que fazer consigo?
Que fatalmente nasceu do pecado
E não entende o que tem de errado
Em dar o melhor de si
Em ver tanta criança sorrir
Em ver tanta vida aqui
Onde o sol se põe
No estratégico horizonte
Do olhar dos alunos
Nova nascente sagrada
De vida potente e renovada
Na superação de tantos limites
Que a gente quase esquece
Que é feito de sangue e sonho
De falha e acerto, de medo e fé
A pessoa só pode ser o que é
E desde que decidi dar as costas
Para verdades impostas
Venho fundando respostas
Eis a fundamental:
Eu sou todo amor
Mas faça-me um favor
Quando for olhar o mar
Não fique entre ele e o rochedo
Principalmente se não souber nadar
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Olha pro céu meu amor
As multi cores enfeitam o céu
Laranjas, azuis, brancos e ardor
Num crepúsculo de mel
A lua cheia já anunciava
Que a noite seria mágica
Mas a tarde ainda gerava
Esse incrível combo de sensações
De repente, podemos ver balançar
Um festival de pipas
Torando umas as outras aflitas
Como se a única saída
Fosse conflitar
E as pipas, já eram anúncios de ataques
E desgraça sobre as nações
Onde o rei seguia intacto
E se matavam os aldeões
Se matam os jovens
Por pedaços de linha
Sonho de chegar no céu acima
Do sangue que escorre
Os reis não se movem
Engarrafados na ampulheta do tempo
Crianças correm
Inchadas por tormentos
Ficam do tamanho da distância social
Entre o cortador de cana
E o dono do canavial
domingo, 14 de julho de 2019
As vastas paisagens
Que separam convivências
Por certas conveniências
Estabelecidas sem razão
Pessoas sem casa, tanta terra vasta
Tanta área desmatada
Pra fazer mais morada
Pra quem não entendeu nada
Da harmonia com a mata
As vastas paisagens me inspiram
Aos olhos, o infinito
A todos os sentidos
Belos passarinhos
Amores aflitos
De não ter onde morar
Quando escreve
O poeta é planta reagindo à chuva
É vento fazendo a curva
Saúva seguindo saúva
É reagente de explosão
Estrada em corrosão
Como em tempos de guerra
E abandono das terras
No meu jardim e no meu quintal
Os coqueiros balançam altivos
Dançando no temporal
Sendo, com os céus, casal
Por isso ser o texto não pode ser
E não será
Jamais racional
Jamais intelectual
Enquanto houver alma
Enquanto houver sol
E chuva
Ser poeta será questão sazonal
domingo, 7 de julho de 2019
A cortina ainda não tinha revelado
O time de ilusionistas
Os atletas, os artistas
Sem saber o que aconteceria,
Que diretrizes a plateia daria
Depois do silêncio rasgado
E o que o povo estranhou foi ouvir em festa
O elenco politonar “ merda".
Sem saber de um tempo de outrora
O público chegava de carroça
E os dejetos dos animais
Eram tipos de adubos
Que floreciam bom público
E críticas nos jonais
Mas a modernização
Tirou a merda do chão
Tirou dos jornais
E toda merda foi parar nas redes sociais.
O time de ilusionistas
Os atletas, os artistas
Sem saber o que aconteceria,
Que diretrizes a plateia daria
Depois do silêncio rasgado
E o que o povo estranhou foi ouvir em festa
O elenco politonar “ merda".
Sem saber de um tempo de outrora
O público chegava de carroça
E os dejetos dos animais
Eram tipos de adubos
Que floreciam bom público
E críticas nos jonais
Mas a modernização
Tirou a merda do chão
Tirou dos jornais
E toda merda foi parar nas redes sociais.
sábado, 6 de julho de 2019
Quando o lamento negro ecoou
Quando seu sanque jorrou
Os ricos de ouro fizeram uma escolha
Do isolamento social em bolhas
Como pilatos lavou as mãos
Pra não ficar impopular com esse ou aquela
Os condomínios lavam os terraços e aterram as favelas
A miséria so é vista na piada
Do humorista da televisão
Da nossa luta não lembram nada
Ainda vivem em escravidão
Num formado bem perigoso
O da alienação
Quando seu sanque jorrou
Os ricos de ouro fizeram uma escolha
Do isolamento social em bolhas
Como pilatos lavou as mãos
Pra não ficar impopular com esse ou aquela
Os condomínios lavam os terraços e aterram as favelas
A miséria so é vista na piada
Do humorista da televisão
Da nossa luta não lembram nada
Ainda vivem em escravidão
Num formado bem perigoso
O da alienação
sexta-feira, 8 de março de 2019
Tem viagens só de ida
Tipo despedida
Mas toda despedida
faz nascer encontros
De encotros nasce a vida
E agente se despede
Das coisas bonitas
que vive, que ouviu e que viveu
o mato passando e eu lembrando
As flores passando e eu embelezando
as roupas Do varal balançando e eu
Lembrando da minha mãe
Que me ensina a me
Cuidar e sou cheirosa até a
Alma tem cheirinho de
Lavanda.❣️
- Cheirosa e graduado buga mel
Tipo despedida
Mas toda despedida
faz nascer encontros
De encotros nasce a vida
E agente se despede
Das coisas bonitas
que vive, que ouviu e que viveu
o mato passando e eu lembrando
As flores passando e eu embelezando
as roupas Do varal balançando e eu
Lembrando da minha mãe
Que me ensina a me
Cuidar e sou cheirosa até a
Alma tem cheirinho de
Lavanda.❣️
- Cheirosa e graduado buga mel
quarta-feira, 6 de março de 2019
Gatos
são complexos
Difíceis
de conquistar
Difíceis
de explicar
A
mansidão dos gestos
Deuses
já cultuados
Arrependidos,
amargurados
Símbolos
das bruxas
Injustamente
sacrificados
Difíceis
de conquistar
Costumam
correr e pular
De
onde falta o amor
A
vida será sem dor
Que
as dores do gato vão embora
Quando
ele se enamora
Com
a lua
- Moisés Araújo & Luiz Veloso
Os
poetas choram juntos
De
suas lágrimas
Nasce
o silêncio de tudo
Que
afogam mágoas
Lágrimas
para regar
Coisas
eternas
Amizades
sinceras
Difíceis
de encontrar
Os
poetas vivem juntos
E
viver não tem sentido
É
guerra de sentidos
Os
poetas ficam juntos
Unidos
pelo entendimento
Tudo
passa
Os
poetas passam
A
poesia não
- Moisés Araújo & Luiz Veloso
Se
eu fosse o deus do tempo
Faria
o tempo mudar
Mudando
a hora
Hora
não é tempo?
Tempo
não é minuto?
O
que são instantes?
Tua
roupa dura muito?
O
que guardas nas estantes?
Roupas
novas, coisas novas
Só
me interessam as coisas boas
Algumas
delas são:
Tomar
sorvete, brincar com os amigos, viver um filme
Ser
o principal, feliz
Da
aventura que é a vida
- Rian
Souza & Luiz Veloso
Tô
brincando, professor
Eu
gosto de driblar
O
que eu chamo de fraquinho
Usar
as habilidades
Superar
as dificuldades
Que
nem no futebol
Como
na vida
E
tudo na vida é difícil
O
que me alegra é que eu gosto de driblar
Aprendi
com os mestres de pé no chão de barro
Do
qual viemos
Ao
qual retornaremos
- Pablo e Luiz Veloso
Mudar
a família
Para
que eles cresçam
Não
no caminho errado
Mas
no caminho do bem
Eu
sonho tanto quanto posso
Estudar,
viajar, aprender coisas novas
Ver
neve talvez
Talvez
já tenha visto
Naquelas
coisinhas de geladeira
Que
a maneira de olhar a vida, transforma
Deixa
eu chamar a menina
Pra
estudar, viajar, aprender coisas novas
Eu
sonho tanto quanto posso
- Ivan
Gomes & Luiz Veloso
A
gente esquece de tudo
Sambando
na faixa de areia
Até
mesmo do absurdo
Do
abandono na teia
Da
saudade que incendeia
Mas
o mar apaga tudo
Mesmo
eu estando sozinha
Sem
a minha irmãzinha
Que
sem razão me deixou
Chorando
por muitas trilhas
O
mar parecia me entender
E
seu sal cicatrizava as feridas
Muitas
no coração e na alma
O
que me fez mais calma
Foi
me tornar sereia
Canto,
danço e sou a borda de areia
Esperando
meu amor passar
E
enquanto isso, vou me amando
E
nunca vou deixar de amar
- Rafaela
Gomes & Luiz Veloso
Quem
fala de mim por trás
Não
me olha nos olhos
Não
me olha na cara
São
para mim, comédias
Comédias
Comédias
nascem para nos fazer rir
E
eu gosto mesmo de sorrir
Solto
altas gargalhadas
Por
isso
Comédias
não me olham na cara
Não
me olham na alma
Nem
nos meus olhos
Que
ardem e brilham felizes
Eu
amo quem eu sou
- Moisés Araújo & Luiz Veloso
Como
será a vida com bigode?
Eu
mesmo vou tirar o meu
Mas
quando eu tiver bigode pra tirar
Vou
ter um carrão e vou viajar
Até
o fim do mundo
Novo
início de tudo
E
ai de quem tentar me impedir
Nesse
novo mundo vai sumir
E
o que tem no novo mundo?
Tás
querendo saber demais
Deixa
da tua agonia, rapaz
Tudo
tem seu tempo
Eu
sei do meu
E
tu?
- Rian
Souza & Luiz Veloso
De
que leões você tem medo?
O
que há nos pesadelos?
Eu
não tenho medo de nenhum
Ou
melhor
Sempre
tem um
O
leão de Nemeia
Que
engana a plateia
Usando
o amor como desculpa
Para
não assumir a culpa
Da
ganância que destrói homens
E
mata
A
morte é quando a polícia chega e mata o ladrão
A
morte é pra onde a gente vai
Pra
onde vou?
O
medo vai comigo?
Até
Hércules teve seus medos
- Raí Souza & Luiz Veloso
Assinar:
Postagens (Atom)