O poeta é planta reagindo à chuva
É vento fazendo a curva
Saúva seguindo saúva
É reagente de explosão
Estrada em corrosão
Como em tempos de guerra
E abandono das terras
No meu jardim e no meu quintal
Os coqueiros balançam altivos
Dançando no temporal
Sendo, com os céus, casal
Por isso ser o texto não pode ser
E não será
Jamais racional
Jamais intelectual
Enquanto houver alma
Enquanto houver sol
E chuva
Ser poeta será questão sazonal
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