Coisa de carnaval
Me assaltaram no amparo
Estava achando normal
Ter os corpos tão colados
A folia encobriu
Tudo o que me levaram
Foi a minha autonomia, energia criativa
Dependência protetiva
Coisa de carnaval
Eu fiquei no desamparo
Tava a maior limpeza
Eu frevando com leveza
A folia encobriu
Fé bem forte que surgiu
Pé que pula o Amparo vil, energia emergiu
Livre sem ninguém ao lado
Coisa de carnaval
Empurrões reinstaurados
Todo mundo pula junto
Mas cada um pro seu lado
A folia encobriu
Mesmo numa multidão
Mesmo com par encangado, energia possuída
De quem está apropriado
Da responsabilidade
De dar conta do perigo
Que é tão inseparável
Da delícia de estar vivo
Nesse jogo perigoso
De ausência e de desejo
Entre tanto par pra mim
Dançando comigo mesmo
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