Eu vi num comercial
Uma família feliz porque tinha uma geladeira inteligente
Uma máquina prata que gelava um ideal
de atalhos cruéis à desigualdade social
Ainda no que se convencionou ser arte
Inseriram brancuras espertas
Para que novamente troquemos nossas flechas
Por espelhos e estandarte
Quebramos nossos espelhos
Os olhos servem bem pra isso mesmo
Na roda a gente se vê
Se inclui, se joga, se amola, se inova
Pra vida
Nossas ferramentas são lindas
Nosso coração o é
Artesão de si
Simplesmente resultado do que escolhe ainda
A gente quer a lida
Que de Isabel pra cá
Já houve muita conquista
Mas precisamos falar
Ainda há muito pra conquistar
Isabel não nos libertou
Foi nossa teimosia, nossa maloqueiragem
Nossos tambores, nossos amores, nossa arte
Nossos calos, nossa alma, nosso dendê
Nossas ferramentas são lindas
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