Deus gosta de cavalos de tróia
Que eles dizem muito sobre você
Todo mundo tem seus Aquiles
Seus Heitores
Seus reitores
Mais poucos tem errantes
Nunca vistos antes
Que desbravam a si
Invadindo-se, presenteando-se
Com um afeto cavalinho de tróia
Num pergaminho assim escrito:
Como está sua guarda?
O que tua bravura guarda?
Com que ânima tu se guarda?
Que Judas também é cavalo de tróia
Beijos nos dão glória
Mas não se engana
Que a fama
Também é cavalo de tróia
Criar cavalo é coisa ruim, seu moço
Me trouxe três mortes
A intransigência de mão beijada
A conivência de mão lavada
A Solidão de mãos marcadas
Há pedacinhos de saudade ensacados
Na cidade dos exilados
E saudade é o que?
Cavalinho de tróia
Junto com o exílio e a covardia
E a fuga da responsabilidade
De impulsionar o mesmo amor que ardia
Enquanto se queimava a cidade
E nada se guardava
E tu?
Guarda amor? Guarda guerra? Guarda história?
Se quem te ensinou não te disse, olha bem pra mim
É tudo cavalo de tróia.
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