Minha
cota acabou
As
luzes se apagaram
Nem
a luz do clima sobrou
Tudo
era turvo, vivo, confuso
Olhos
cansados
Mal
conseguem se ver
Ousam
sentir-se, mesmo alvejados
Por
quem não suporta ser
Nem
tem coragem de ser transformado
Minha
cota acabou
Todos
querem ser médicos
Eu,
paciente, não quero méritos
Nego
os remédios
Curo-me,
curumim, cantando.
Poros
molhados
Mal
conseguem nadar
Ousam
surfar mesmo apertados
No
mar de sentidos, são acolhidos
São
engolidos, anjos caídos, caem em si
A
minha cota acabou...
De
começar
Relógios
quebrados, óculos embaçados
Não
tem olho nem hora pra se olhar
O
tempo é um castelo de areia numa ampulheta
A
vida é poeira comida de corrida perdida
Que
não se correu pra sentir mais a vida
A
vida é quando?
Agora?
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