Quem
foi dizer
Que
havia tantas maravilhas
Maiores
que as outras todas
Não
conheciam
O
quintal do meu mestre
Onde
brotava o verde lindo
Por
conta das músicas
Que
ele soprava à natureza
Enquanto
sofria
Fazendo
tudo que podia
Por
seus discípulos
E
tantos não davam valor
Pelas
cordas que ele cozinhou
Pintou
Por
cada berimbau talhado à mão
Hidratado
com suor, lágrima e sangue
E
entregues cordialmente
Por
esse balanço
Entre
dor e prazer
Sofrimento
e alegria
Todos
os polos conectados
A
luta, a arte, a história, a poesia
E
o eu
Essa
instancia que surge nos contatos
Não
conheciam
Também
O
quintal do louco
Onde
brotava o verde lindo
Onde
muito era invertido
Como
a própria noção de cogito
Como
a própria noção de sanidade
Como
o que der vontade
Como
de ser constituído
Como
pedacinho de verdade
Deixe de viagem, doido
O
aqui-agora é tudo
Amanhã
é absurdo
Ontem,
fantasia
E
em nós, a maravilha
De
amar o chão de onde viemos
Onde
jogamos, onde brincamos
Onde
vivemos
Ah,
meu amigo
Eis
uma maravilha
Que
vale a pena conhecer:
A
humildade
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