E embelezar o meu jardim
Onde enfim tudo em ti irá florir
E eu, teu terreno.
Solo ameno, tua luz
Te abrilhantaria a fé, a cor, a dor
De espinho que veio expulsar
Afugentar
Tudo o que invadir a quietude de teu sorrir
E eu, teu sereno
Respeito o tempo de ver
Teu orvalho lindo, a fé, o choro, o ardor
Que eu sempre quis
E se eu, impuro, for te tocar?
Dor imensurável te ver murchar
Desse éden vou me expulsar
Herdarás meu jardim
Essa saudade que dói não se matar
O teu sol, tua raiz, não pude ser
Tento virar serpente para te dar mais saber
E se eu, impuro, for te abraçar?
Põe teus espinhos a me atravessar
Finalmente hão de revelar
Que somos distantes
Meu abraço pode te sufocar
Tua serpente, teu adão não pude ser
Eis que torno-me flor pra sentir pulsar nosso ser
Vou vislumbrar desabrochar a vida em si
Nosso sorrir, sem piedade, se redimir
E eu, teu pequeno
Choro e peno de amor
Mas com um sorriso de fé, de show, louvor
De quem bem viveu
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