De tanto que me aqueci
De vida, nem percebi
Que tudo era folha seca
E eu, capoeira, queimei rápido demais
Na casa do poeta, onde o tempo não passa
Não virei brasa nem fumaça
Nem via como ameaça tantos graus de amor
Na casa do poeta, vejo-me fogo vejo-me flor
Foi na casa do poeta que tirei os sentidos da lama
Com flechas de sonhos antigos, o ideal me atacava
Eu, sendo chama,
Eu dou-lhe as costas e suas bobagens viram pó antes de me tocar.
Que eu sou poeta, dono do fogo doravante chamado palavra
E na casa do poeta, me inflamo
Vou vendo o amor assim, incendiando todas as casas
Que a casa do amor é o fogo, assim como a do poeta.
Eu moro com todos os poetas.
Me refiro aos corajosos, claro. Como o fogo.
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