Quantas vezes ler, lerei uma vez só
Cada fungada é ação, renúncia de um estado
Bolo bom pra gente comer
A finitude
Vela que não quer acender
Sem ela não dá pra ser
Os pecados, os prazeres nos ajudam a inflamar
O lembrete fundamental: Sobre, viva, tudo vai acabar.
Debruçar-se nos domínios do real
Ver o turbilhão de vida que se perde
Na pressa, na pressão de ser ideal
Almas que amando são leves
Ano a ano
O mundo nos pede tantas metas
Pé de pano
Rápido ou lento, dou uma só, a única que me interessa
Tornar-me quem sou
Ao teu lado, Amor.
Até que a gente se consuma
Infinitos, injustos, lindos.
Assim como a finitude
Ou melhor, comemos.
Ela também nos come
Dá uma só.
0 comentários:
Postar um comentário