“se não perdoarem os outros, o pai de vocês, que está no céu, também não perdoará as ofensas de vocês.” Marcos, Capítulo 11, versículo 26.
Marcos, feio.
Que perigo isso falado
Que bom pai diz:
“Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”?
Marcos, Freie.
Que se houver algo pra perdoar
É que algo já emboscou seu olhar
Que deveria apenas se atinar
Ao amor que já moveu tantas ilhas
Desilhou tantas vidas
Mira bem, não se ama ameaça.
Cabe bem o clichê
Não é medo, é respeito
À brevidade da Vida e ao que ela vem dizer
Respeito que te falta, Marcos.
Que eu também não tenho tempo
Na verdade, ninguém tem
Não existe hora certa
Existe visão de alguém
Eu não existo, Marcos?! Hein?!
Bate aqui nas duas faces
Não se apaga um vintém
Do que tu pões nas novas redes
Que só afogam homens
Não pescam ninguém
Marcos, Filha.
Somos todos mães solteiras de nossos afetos
Responsáveis por eles, os batizamos como queremos
Dor, sofrimento, são nomes-limites que escolhemos
Não aborta.
Deixa eles em casa, pergunta o que querem
Sou mãe de muitos
Passado algum tempo, eles gostam de ser chamados de conhecimento.
Má fé.
Contra mão dá responsabilidade
Negação desta maternidade
“porque eu quero” diz tudo
O resto é confusão da cidade.
Certo, Errado.
Batismos covardes de quem não suporta o caos.
Nossa única certeza.
Te entendo, Marcos.
Viva suas verdades
Eu vou enterrando as minhas
Nascem possibilidades mais lindas ainda.
Marcos, Flor.
Esse texto te coloca a um palmo do chão
Não comece a contar, não espere outros seis
Talvez eu te deixe raso por questões necrófilas
Eu te amo, Marcos
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