Já
pensei em agradar no discurso,
já
pensei só em discursar.
Também
pensei no curso
que
faria o silêncio se deixasse ele pular
de
constrangimento em constrangimento.
Eu
queria mesmo era fazer revolução.
Sem
pensar direito em como seria a gestão.
Mas
algumas vezes mudar o rumo da nau é preciso
para
sentir-se dono do sim,
do
não,
do
se,
de
si,
do
chão que lhe abraça quando algum raio lembra seus limites aéreos.
E
quando o chão me abraçou, senti dor.
Não
pela queda, mas pela vergonha que sua soberania me impunha
ao
me disponibilizar oportunidades de correr,
pular,
andar,
voar,
ficar
parado ali.
Essa
seria uma boa revolução:
Uma
espécie de vida que não se move no corpo que habita.
Mas
inspira outros destemidos sem noção.
Queria
ter a opção de olhar toda a babaquice
que
chamam de amadurecer.
Mas
me veio uma criança vendendo pastilha na pista.
E
quando a gente gasta com ''caridade'' costuma esquecer
do
resto.
De
repente,
A
gente já se acostumou com toda a merda
e
consegue olhar o mar num domingo chuvoso
achando
inspirador o suficiente para outra semana de labuta.
2 comentários:
Muito bom!
👏
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