Tu.
Sem
nenhuma dúvida do que quer viver
entrega-se
na burra certeza de me ter
Nu.
A
força de estar vulnerável
torna-me
um pouco mais amável.
Enquanto
deixo minhas feridas expostas
percebo
dois raciocínios em paralelo ganharem forma:
Primeiro:
Viver
é lutar contra a morte sabendo que vamos perder. Isso vos parece prudente?
E
além da morte?
Vejo
muita gente pensando em quantas vezes viveu e pouca em quantas vezes morreu.
Aprende-se
mais no fim. Vale o gozo em detrimento ao aprendizado?
Além
da morte há vida? Ávida por respostas, você finalmente pensa. Então..
Segundo:
Se
todo pensamento se renova, raciocinar seria ter um filho e matá-lo a cada
alvorada posterior.
Como
um sol que vem lindo escondendo a podridão da noite anterior.
Vale
o respeito à morte em detrimento ao culto à vida?
Ávida
por respostas, você finalmente pensa. Então...
Pro
dente aparecer, tem que ter alegria ou raiva.
Se
pode-se escolher apenas a evidência
Nesta
madrugada, sinta que o maior prazer é aquele que em tudo contradiz a prudência.
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