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Canto de Buga

Lar de minha alma. e com a devida permissão, das suas.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Madruga

Cantado por Luiz Veloso /Quando? segunda-feira, novembro 16, 2020

 

Eu encontrei a madrugada

Ou foi ela que me encontrou

Eu naveguei por ela

Ou ela me navegou

 

A gente sempre se arremessa

Nas ideias que buscam florescer

E faz descoberta

De véu de adormecer

 

Desvela-te, poeta

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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Ao descer

Cantado por Luiz Veloso /Quando? sexta-feira, novembro 13, 2020

 

Ao descer do céu

Estrelinha me disse:

Pai, quando a gente tá no céu,

Quer ficar na terra

Quando a gente está na terra

Quer estar no céu.

eu, Pai, insisto

o melhor lugar é onde a gente está

só lá é possível existir

é onde brilha sua contemplação sacra

enraizada em ti

turbina e freio de ti, de tua forma, de tua expressão

da licença exclusiva e irreplicável que todos nós temos

para ser o que somos

únicos, singulares.

Estrelinha retruca: Painho é maluco

Mas é lindo

Me abraça e finge que sou um Pokémon

Imagina que pode me usar para os perigos

E simbolicamente,

Tomara que possa

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Era só o que faltava

Cantado por Luiz Veloso /Quando? sexta-feira, novembro 13, 2020

 

O que me faltava era poema, seu moço

Fui buscar com muito esforço

Água do fundo do poço

Que ela já está se acabando

Mas começa de novo

No universo em novos meandros

 

Vi afluentes constantes

Tornarem-se escassas fontes

Por degradação e violência

Exploração de sua potência

 

Vi poço resistir firme

A quebra e combustão

De fluentes incríveis

de irmã e irmão

 

Já faltou subsidio básico

Para existência de uma cultura

Para seu sustentamento

Para sua semeadura

 

Que faltar poema é bronca safada

Poema a gente faz, seu moço

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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Texto Aéreo 10 - Alvorada

Cantado por Luiz Veloso /Quando? sexta-feira, novembro 06, 2020

 A Lua me chama

Como sempre chamou

Seu olhar me congela

Ainda assim eu vou


Sem saber muito bem como

Sem saber muito bem porque

Não saber é caminho

Para quem deseja viver


Não me importa encontrar sentido

Me importa caçar o sentido

Como caça o cacoblo 7 flechas

Mas não se engane, 

Buscar é a meta

Encontrar é o fim


Todos findamos

Antes de lágrimas verter

Tenho só um pedido a lhe fazer


Desconecte-se, vá olhar o nada

Que a vida não se repete

E todas as belezas prometem

Sumir na próxima alvorada

Tu és alvorada


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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Texto Aéreo 9 - Cantei pra Lua

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quinta-feira, novembro 05, 2020

Uma bela noite

Um violão desajustado

Um tocador desajustado

Um repertório colonizado


Eu não ia cantar

Mas a Lua era crescente

A estrela Dalva estava tão perto dela

Que precisei alumiar a cidadela


Cantei para a Lua

Como nunca havia cantado

Como quem reconhece 

Sua insignificância 

Perante os Astros


E os mortais cantaram comigo

Aplaudiram e acharam lindo

Meu sotaque Pernambucano

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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Texto Aéreo 8 - São Paulo

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quarta-feira, novembro 04, 2020

 Sobrevoar São Paulo é emblemático

Ver tão miúdos os prédios tão altos

As casinhas e estradas engolindo

O verde que falha em manter o ar limpo


As nuvens macias 

Não revelam o Co2 emitido

Nem as águas poluídas

Nem o Tietê putrefado

Pela cidade crescida


Pelo que que as pessoas acreditam

O que seria o progresso

Escrito na nossa bandeira

De lema controverso


Acho que ia pegar mal

Se tivessem escrito:

"Manipulação e morte da natureza"

Ou

"Nenhum índio fica vivo"

Ou

"Rua para negros, castelos para gringos"


Antes de defender o progresso

Você já se perguntou

Para onde estamos progredindo?

Pegando o último pau de arara

Do Recife querendo ser Rio

Ou São Paulo

Tanto quanto Brasil 

querendo ser Estados Unidos

Que foram muito eficientes

Em exterminar sua cultura indígena

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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Texto Aéreo 7 - Anum

Cantado por Luiz Veloso /Quando? terça-feira, novembro 03, 2020

 No frio as pessoas ficam mais chiques

É o que dizem

Nestes dias que passei no Sul

Houve exceção, dias quentes de verão


E por várias vezes

Pude andar descalço

Como é de meu agrado

Embora ganhasse olhares espantados

Dos pés a cabeça


Para meu deleite, é claro

Quem me conhece sabe

Maior motivação para fazer algo

É alguém me dizendo pra eu não fazer


Como o anum branco que pude ver

Sozinho, cruzou meu caminho

Diferente de Paulista

Onde andam em bandos de trinta


E variam entre serem brancos e pretos

Seus cantos escondem segredos

Que só minha mata amada sabe

E jamais lhe dirá por via de poema algum


Trate você de ir na trilha

Contemplar o anum

Ou contente-se com esse registro falso

De sua majestosa e divina beleza

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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Texto Aéreo 6 - Rio Guaíba

Cantado por Luiz Veloso /Quando? segunda-feira, novembro 02, 2020

As margens do Rio Guaíba

Na cidade de Porto Alegre

Vi passar chibatas

Disfarçadas de cacetete


Ou eu delirava?

Tamanha beleza de tudo

Talvez me deixou confuso


Mas não entendi

A quantidade de fuzis

Que haviam dentro daquela viatura


Não sei qual era o mal

Que tentava ocultar o crepúsculo

Que meu estranhamento

Parecia ser exdrúxulo


Mas que monstro precisava

De tamanha força de guerra

Para ser morto

Em uma tarde tão bela?


Famílias andavam sem máscaras

Em meio a uma Pandemia

Garotas rebolavam 

Ao som que as incitava


Pessoas fumavam várias ervas

Tomavam chimarrão

Outras pedalavam sem cuidado

Ou direção

E a morte passeava no meio da multidão


Havia uma placa informando

Que as águas eram poluídas

E impróprias para banho


Uns passeavam de jet ski

Outros de lancha

Outros descalços a margem

Eram crianças

E a morte nadava por ali


E até agora eu não entendi

que monstro precisava

De tamanha força de guerra

Para ser morto

Em uma tarde tão bela?



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De onde vim, sou turista. Pra onde vou, sou oriundo. Meu lar é todo o mundo, Meu mundo é artista.
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seja para enaltecer-me, seja para julgar-me nada
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Basta de poemas individualistas e que servem muito mais a quem os faz do que a quem os lê - Artaud

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