Minha
função é solitária
Não
cabe no Excel
Não
relata o que sinto
Não
checa o que omito
O
mito é afiado
Dilacera-me
em sonhos de outrem
Minha
dádiva é pesada
E
estanca a voz apertada
O
grito não sai
Senão
em suspiro e calmo sermão
Dizendo
que em todo amor
Há
operação
Mudança
de pele é o que mais sai
A
estética está em alta
A
verdade está em baixa
Diz-se
que é tarde cedo demais
Minha
função é viva
Dentro
das células e nas colunas
que
sustentam o teto de vidro
É
azul e quebra fácil.
Por
quanto assinam seu céu?
Se
for céu, mas não for seu
Tornar-se-á
ex-céu
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