Passos
leves, lindos, libertos.
Suficientemente
fortes pra marcar o chão
sem
enfeiurar o caminho.
Por
mais cratera que gere o compasso
é
onde, como, quando e por qual razão
ele
é dançado
que
o define arte ou não.
Não
tenho dó da estrada, nem de mim, nem de nada
que
não quer passar por ela.
Nunca
vi um bom pintor temer a tela!
É
nela que descarrega-se um turbilhão de sentimentos tão árduos de
tragar
Vou
colorindo meu caminho e faço dele um baile.
Com
as pegadas vou compondo meus ritmos.
Eles
são os mais legítimos
por
serem o que são sem o saber de nenhum são que sugira caminhos. E quem sabe?
A
batida de meus passos lembra uma velha máquina de escrever.
E
como toda evolução chega, pergunto:
Qual
será o final de minhas andanças?
Aí
é que tá, meu anjo. Tem final não.
Quando
a alma envelhecer e te oferecer o caixão,
se
estás cansada mesmo, a vida por si entrega tua caneta às crianças.
É,
eu sei.
Acalenta
ter esperança.
Agradece aí
a Deus por não poder nunca voltar às origens
mas
poder sempre ser jovem de novo em novas vertigens.
1 comentários:
Dá-lhe a oração! Leve e com bastante melodia.
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