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Canto de Buga

Lar de minha alma. e com a devida permissão, das suas.

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sábado, 17 de novembro de 2012

Pro Dente

Cantado por Luiz Veloso /Quando? sábado, novembro 17, 2012
 Tu.
Sem nenhuma dúvida do que quer viver
entrega-se na burra certeza de me ter

Nu.
A força de estar vulnerável
torna-me um pouco mais amável.

Enquanto deixo minhas feridas expostas
percebo dois raciocínios em paralelo ganharem forma:

Primeiro:
Viver é lutar contra a morte sabendo que vamos perder. Isso vos parece prudente?
E além da morte?
Vejo muita gente pensando em quantas vezes viveu e pouca em quantas vezes morreu.
Aprende-se mais no fim. Vale o gozo em detrimento ao aprendizado?
Além da morte há vida? Ávida por respostas, você finalmente pensa. Então..

Segundo:
Se todo pensamento se renova, raciocinar seria ter um filho e matá-lo a cada alvorada posterior.
Como um sol que vem lindo escondendo a podridão da noite anterior.
Vale o respeito à morte em detrimento ao culto à vida?
Ávida por respostas, você finalmente pensa. Então...

Pro dente aparecer, tem que ter alegria ou raiva.
Se pode-se escolher apenas a evidência
Nesta madrugada, sinta que o maior prazer é aquele que em tudo contradiz a prudência.
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sábado, 3 de novembro de 2012

Compro O Omisso

Cantado por Luiz Veloso /Quando? sábado, novembro 03, 2012
Vi um senhor cego hoje.
E não sei se posso dizer ''estranhamente'' mas eu senti culpa.
Como se eu fosse responsável por sua condição,
ou como se pra compensar eu deveria honrar minha visão.

Foda-se, eu pensei.
Que é que eu tenho com isso?
Nunca fiz compromisso nem com caridade!
Agora, nessa idade, pra que o rebuliço?

Alguma sensibilidade me tocou.
Daí fui pra casa, comprei umas cervejas.
Talvez a culpa não esteja  em ser causador das desgraças alheias.
Mas, em não ver as possibilidades de poesia nos lugares onde estou.

Que pecado abominável!

Dou o primeiro gole ou o milésimo(já não lembro do tempo) e vejo a bagunça no meu apartamento de solteiro.
É roupa em cima da cama, é montanha de louça.
Na casa toda, sujeira.
Em cima da bíblia, uma carteira.

Dói só de pensar quantas chuvas deixaram de ser belas porque sujavam os pneus do meu carro.
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Promoção

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quinta-feira, outubro 11, 2012 Marcadores: Flagrados


Os tempos mudam.
A mudança é árdua, mas eu acompanho.
Vez por outra apanho,
mas mesmo agressiva, a vida educa.

Só é educado quem sabe ouvir o que o silêncio tem a dizer.
Ser sol é conseguir em plena noite ver
que diante da queda, levantar-se luz é atender
ao bom humor de Deus.

Ah, Tensão!

Se seus olhos não estão devidamente polidos,
eles não poderão ser promovidos à janelas da alma.
Vira a retina, olha pra dentro, vê que é claro.



Sinta-se em casa.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Missão Ou Não.

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quinta-feira, outubro 04, 2012 Marcadores: Flagrados
Culpado.
Não cabem argumentos no martírio.
Calado, internalizo o grito.

Fiel ao ideal, como um herói incomum,
arrumo espaço num cantinho da alma
pra caber a energia de mais um.

Pra me abastecer,
me gasto, me perco, volto pro fim.
Lutando pela salvação do mundo,
esqueci de salvar a mim.



Talvez meu combustível seja mesmo apadrinhar dores.

Mas ontem o absurdo me chocou.
Vislumbrei um fumante chorando
em função do câncer de pulmão que tinha levado quem ele amou.

Faltou dinheiro pra tratar, faltou vontade de escutar,
faltou humildade, faltou verdade.

Diante deste grande mal,
reconheço que de nada adianta podar o jardim de quem amo
se for pra estragar meu quintal.
Afinal, não tá tudo ligado numa coisa só?

Salvo o engano da retórica,
não quero esse discurso num tom arrogante.
Busquem suas verdades e serão mais livres do que antes.
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domingo, 2 de setembro de 2012

Amas nós

Cantado por Luiz Veloso /Quando? domingo, setembro 02, 2012
Espero que me perdoes por ter oferecido a rosa.
É bem verdade que há quem possa discordar de mim
mas me chateio com essas coisas que em tão pouco tempo chegam ao fim

Então eu não gosto da vida?
Sendo estrada de poucos encontros e muitas despedidas
viver pode ser desconfortante

Mas o que falar dos crepúsculos
onde partilhamos nossos músculos
para nos aquecer?

O que dizer das carícias felizes
que mesmo em menor parte
não iremos jamais esquecer?

Perdão pelo falso alarde, amor.
Diante da saudade, não sabia o que fazer.
Amo as vidas e as rosas
que morrem pra outras nascer.

Aceite-a de volta.
Embora não volte à beleza antiga
aceitando a nossa finitude
talvez ela seja a mais viva, a mais linda, a mais morte, a mais nós.
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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Evolução

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quinta-feira, julho 26, 2012
Não gosto da luta de Boxe
que passa na Fox
pois incentiva que a população
caia na empolgação e parta pra pancadaria

Não entendo como na Roma antiga
aquela gente tão sabida
da filosofia não via o horror
que é ver um gladiador ter que lutar por sua vida.

Bom é ver aquela comédia
que representa a tragédia da vida de outras pessoas.
Nada que um tom bem humorado, maquiagem
um lugar engraçado, como um metrô lotado, não resolva.

Bom também é contemplar poesia.
No livro ou no teatro
me emociono um bocado
quando alguém poetisa a luta que é a vida.

Em parte, sou Roma.
E amo o sangue no papel do ator e do escritor.
Não gosto de soluções. Quero ver complicações
Pois belo é ver a dor.

Que a doce ciência do sofrer
desça sobre todos os poetas.
Enquanto vocês descobrem se suportam ou não,
Eu, comendo pipoca, me deleito com a reflexão.

Degladiem-se com a arte!
Atenciosamente,
Leitor.

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Luiz Veloso
De onde vim, sou turista. Pra onde vou, sou oriundo. Meu lar é todo o mundo, Meu mundo é artista.
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Seja para alcançar a glória, seja para manter a mente ocupada
seja para enaltecer-me, seja para julgar-me nada
seja para tardar o amanhecer, seja para não acordar...
eu escrevo!
para vocês que suportam.

Basta de poemas individualistas e que servem muito mais a quem os faz do que a quem os lê - Artaud

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