Estou precisando de ajuda
Você poderia mentir um pouco?
Para adiar minha aflição?
Para que eu compre mais rápido
o que quer que seja
Que você quer vender?
Não
Por desuso
As memórias vão indo embora
Se não utilizadas no agora
Tornam-se esquecimento
Até a tristeza, que é senhora
Vai indo embora
Se não utilizada no agora
E torna-se esquecimento
Até o amor
Que é força e fraqueza
Perde sua beleza
Se não empregado no agora
O Brasil sofre
De um grave estado de desemprego
Do amor
Cachorros que moram na rua
Latiam
como se morder fosse uma ameaça
Para meu cachorro
que nunca mordeu ninguém
E mora em apartamento
Ameacei
jogar uma folha que estava no chão
E eles não sabendo que era uma folha
Foram embora
Outro dia estava abrindo a garagem
Num dia chuvoso
E os mesmos passaram
Andando na chuva
Olhando para frente e para baixo
Senti vontade de ajudar
E não de jogar folha seca
A vida é arte de perspectiva
De onde você percebe a vida?
Eu ia rapidamente na BR-101
E vi um homem com farda de garçom
Fazendo com as mãos o símbolo de legal
Para uma foto sendo tirada
Por outro homem com a mesma farda
Ao lado de um carro antigo, mas luxuoso
Para alguns
Minha filha ouvia uma música inglesa
Que dizia você não esta só
Vi o garçom na música
E muitos outros
Sofrendo ainda consequências
De minha última quase morte
Sentindo as pernas limitadas e cansadas
Achei tragicamente cômico
Ficar em pé mais de uma hora
para ser atendido,
Sentindo dor e buscando força na respiração,
Vendo que não tinham cadeiras disponíveis,
Sentar no chão esperando ser chamado,
Vendo uma cadeira disponível
Não buscá-la mas mostrá-la
À uma pessoa obesa e de bengala
E ver a mãe de 4 crianças reclamar
Com o segundo mais novo, Dionísio
Que com festa e alegria fez a maior bagunça
Até sua mãe me dar uma cadeira
Para sentar e sorrir
A vida é tragicamente cômica
Minha última experiência de quase morte
Foi tragicamente cômica
Em muitos aspectos
Onde pude afirmar o que creio
Que só se pode viver intensamente
Até para alcançar a calmaria
É preciso ser intensamente calmo
Assim como para ser você
É preciso ser intensamente você
Trata-se da bela simplicidade da vida
O que você quer? Em que circunstâncias?
Quem é você?
A figura sofreu tanta violência na
vida
E naturalizou todas as agressões
Até mesmo para defender a família,
Já que lhe parece necessário defender
a família,
Não se enfrenta o que agride
Só há tempo e disponibilidade
Para enfrentar o amor
E acusar o amor de não estar presente
Essa é uma história deveras melancólica
O mar traz belezas e reflexões
Que para mim outro lugar não traz
Mesmo garotinho, antes de ser rapaz
Já sonhava em ter uma casa de frente
ao mar
Com paredes que abrigassem meu amor
Alimentado pelos ventos marítimos
Reverberando sussurros e sorrisos
E encontrando prazer até na dor
Apesar de muita desigualdade no mundo
Sinto muito
Mas não é qualquer pessoa que quero
Presentear com amor em minhas paredes
Se você pode
Ter recepção
Algo você plantou
No meu coração
Se esforçaram bastante
Para cultivar humanos
Em grupos expressivos
Sendo boa massa de manobra
Para projetos de dominação
E exploração
Ainda assim
Há quem se una em anarquia
Grupos que descobrem alternativas
De como encontrar liberdade, equilíbrio
E arte
Embora forcem uma expectativa de normal
Algumas
Formigas bebem absinto no armazém do
caos
No início da noite
O céu vai escurecendo
E luzes vão acendendo
Fabricadas pelo homem
Mas voltando hoje
Estava conversando no carro
Que ia rápido como são os carros
E vi uma claridade expressiva
Fui ver o era
E era a intensidade da lua
Um brilho lindo e desviava meu olhar
da lua
Para ver sua beleza pairando e dançado
No corpo das nuvens
Mas pedia perdão e voltava pra ela
Mas que brilho lindo e embelezador
da vida
Saí para caminhar numa noite de lua cheia
Nessa data o final da tarde iluminava
a floresta
Antes da mesma luz levar vida
à maestra
do mar
Que certamente, com ondas, tocava linda
melodia
Eu sentia
Em minha contemplação, as estrelas
mostrarem vida
Quanto tempo vive uma estrela? E seu
brilho?
Quanto tempo vive uma lua? E seu brilho?
Há dor na sua vida? Há delícias?
Dores e delícias podem dançar com união
Não havia uma nuvem no céu, só brilhos
Como se as nuvens fossem sonhos lindos
E o brilho do céu noturno fosse o agora
Na noite seguinte
Em minha confortável varanda
As nuvens e as luzes
Dançavam juntas
Como dores e delícias
Eu tive um sonho
Onde havia uma grande plateia
Num evento formal
Com pessoas com roupas elegantes
E eu também
Era convidado ao palco com
microfone
Era um teatro e eu tinha um violão
As amizades Otávio e Rafaela
estavam comigo
Perguntava pra Otávio que me deu o
violão
Se cantava com o violão ou capela
Ele falou capela e eu ia cantar
fly me to the moon
Subi sem o violão com uma taça de vinho
E cantava uma outra música em português
e inglês
A plateia cantava junto, as amizades também
Aparecia um grande elenco de dança
e cortinas laterais que escondiam as amizades e a mim
Seguimos cantando com pessoas cujo
trabalho era segurar as cortinas.
Sorrimos e saímos felizes
Só reclamei rindo que levaram meu vinho
embora
Quando estava internado no
hospital
não sabia de nada
falava de
maneira desconexa
sem sentido.
Mas minha esposa me trouxe essa
música
quando podia visitar
E eu sabia a letra dessa música
inteira
Cantar ela me traz tanta vida
Que não sei dizer
Mas sinto sempre cura
Verdadeiramente sinto
Que yemanjá chegou
Águas santas
Lavam toda impureza
E quebram montanhas
Uma bela arquitetura
Parecia até ser terna
Mas não abrigava
Moradores de rua
Certamente arquitetos estrangeiros
Indiferente a desigualdade
Deixaram uma herança
De indiferença na cidade
Meu olhar é das estrelas
Meu pai morreu muito cedo
Eu só tinha 4 anos
Só tenho duas memórias
De uma reclamação e uma perna
engessada
Mas de alguma forma
Herdei com magia
Sua calma e sua teimosia
Não me afobo com o olhar da morte
E insisto em resistir ao que não é
amor
E a sempre ter algum amor para
dar
Dentre as luzes de tantos prédios
As igrejas também se iluminam
Para engrandecer suas belezas
Só conseguem roubar meu olhar
Numa noite com muitas nuvens
Mas dessa forma...
Numa noite sem nuvens...
Onde é possível ver a grandeza
Da luz das estrelas
Calma e Teimosia
Não será possível
Meu olhar é das estrelas
Uma bela estrada que não tinha
buracos
Como todo Brasil deveria ser
Servia bem como passarela de
automóveis
E cemitério de animais atropelados
Nunca vi tantos como nessa estrada
Talvez
O ser humano
tenha condicionado
sua vida à gasolina
Ainda assim
A beleza da flor roxa que vi nessa estrada
Permanece em mim
A princesa de vinte anos atrás
Não é a mesma de hoje em dia
Já não pode dançar mais
Como antes queria
Foi forçada a vida de rainha
E preocupou-se com a fome de seu
povo
Vendo sua filha ser feliz sozinha
Acreditou que podia dançar de novo
Dançar agora
É um compromisso
De quem reina seu corpo com potência
Amada professora Ilma
Pediu aos alunos que fossem poesia
e vida
Mencionei um trecho de um samba que
não fiz
Tenho tempo só pra ser feliz
Séria professora Ilma
Questionou: Luiz, esse texto é de dentro
pra fora seu?
Em público disse que sim, em particular
disse que não
Aprendi que a inspiração vem de qualquer
direção
Poderosa professora Ilma
Não levantava a voz mas de todos tinha
atenção
Dela pra cá, venho buscando mencionar
pouco
Criar muito, viver a vida com seu sabor
louco
Com carisma, compromisso, sangue nos
olhos e carinho
Como era a mestra Ilma
Quando precisa deixar seu amor
Para ir á luta da semana
Olha-se para o horizonte com dor
Esperando a costumeira carona
A solidão há de ser uma difícil
companhia
Nessa lotada e disputada trilha
Ou um terreno ideal
Para nas ideias viver um carnaval
Chegam a vir a lembrança de
imagens
Desconhecidas pela realidade
De uma ternura tão intensa
Que adormeceriam a ausência
Do ônibus esperado
Tanto carinho, tanta vida boa,
vida vasta
Não cabem na região metropolitana do
Recife
Memórias de amor e doçura existem
Mas nessa terra devem ser imagens
falsas
Às vezes o final de semana é superestimado
Que de segunda a sexta existe mais
aflição
Uma rotina de dor que já se
é acostumado
É costumeiro desejar sempre uma
redenção
As vezes chove um bocado
Deixando uma lágrima no coração
Mas o espírito alado
Sonha com libertação
E amor
É sempre uma dia bom para sonhar
Mas para viver também
Uma
lágrima diz coisas que sábio algum, ousaria ensaiar
Paradoxo
de escolhas sem dó nenhum, faz o queixo tremular
Mas
o espírito livre, não se deixa alcançar pelo peso vão que não se pode carregar
Para
onde volver o passo?
Por
onde caminhar?
Que
balanço e que mandinga poderiam nos salvar?
Do
passo escorregadio de não se contentar com o percurso trilhado, na trilha do
teu cantar?
Trilha sonora
santa. Impossível de replicar
Singular e
preciosa,
tua trajetória
é cor de se ver formar na beleza do agora
Fluxo
constante. Bem aqui, em cada instante.
Na força do
teu cantar
Formas de
dores e amores
Tuas próprias
cores, Todas possíveis de abrandar. Exceto, pelo teu calo
Este é um
portal sacro
Que é melhor
ninguém cruzar
Ou verá a capa
da noite
Como tua
própria foice
Abrindo com
balanço e brilho, Noite tranqüila, para teu sorriso...
Algo tão delicioso veio a mente
Uma parte sentia vergonha no coração
Controlando olhos, corpo dormente
Ouvidos e sentidos em contenção
Algo tão delicioso veio a mente
Uma parte sentia vontade no coração
Revirando olhos, corpo presente
Ouvidos e sentidos desejando ação
Vergonha e Vontade
Conversaram sobre histórias
Sem pressa, à vontade
Saboreando e colorindo memórias
Trilhei um caminho difícil
Repleto de desafios e enfrentaremos
Tive vitórias prósperas dando bom início
A valorização dos meus momentos
Antes de me ofertarem ouro
Não me pareceu ser tão grande
Quanto meu maior tesouro
Meu próprio sangue
E além do sangue
Minha família
É o melhor lugar
Para celebrar a vida
Foi tão incrível
Quando você revirou os olhinhos
Mas não sei qual aflição possível
Te fazia revirar o espírito
Às vezes as dores navegam
Para nos fortalecer
E muitas vezes embelezam
A ternura do nosso ser
Reviro meu espírito e mente
Pela beleza que encontrei na vida
Que possamos encontrar sempre
Enquanto há fibra
E amor
O sol se põe esplêndido
Vermelho como olhos chorando
E vai embora nascer vida noutro canto
Mesmo escurecendo amigos
Eventualmente há o eclipse forte
Embelezando à própria sorte
O brilho celestial
Muito bom de se ver na correnteza natural
Eventualmente, às cegas
A vida nasce em muitos lugares
Onde você a ver nascer agora?
Onde a plantas? Regas?
Você se lança em seus amores?
Ou os vive como quem cumpre a escala de Deus?
Como lanças tuas dores?
Planejas algum adeus?
Ainda assim, haverá muitos
Não espere tanto por divindades
Abrace sua humanidade
Quando o impulso for sorrir ou chorar
Dê espaço pra sua alma voar
Mas também para plantar a si mesma
No próprio coração
Se lança, amor
Num ímpeto da adolescência
Saí de casa para não voltar
Era noite para assustar, sem um real
pra voltar
Mas eu era determinação e cegueira
Um amigo mais forte
Com outro amigo falou:
Precisamos ir atrás dele
Apesar de meu passo ligeiro me alcançou
Tranquilizou minha alma, até com tapioca
da Sé
Voltamos pra casa. Vivemos quase duas
décadas
Quase que eu fui ao além sem me despedir
Sobrevivi, mesmo tendo me apoiado,
meu amigo não
Num triste acidente, partiu aos céus
Espero te encontrar no tempo certo
Como vemos o que pensamos ser estrelas
Mas já explodiram, ainda nos deixando
belezas
Somos raiz da mesma matéria
Nos encontramos na natureza
Desde a infância
Me delicio olhando para uma constelação
Que com grandeza abrilhanta o céu
O temido e desejado escorpião
Desde a infância
Me delicio olhando para lua
Que abrilhanta a estrada tua
Sempre crescente no peito e cheia no
olhar
Ontem de noite
A despedida era tão clara
Que lágrimas correram
Como águas da natureza reagem aos céus
Mas no meu peito eu sinto
Nos céus eu vejo
Que a vida é bela
e clara despedida
Uma pessoa que quase morreu
Sentia-se muito viva
Por andar na conde da Boa Vista
Banhada pelo sol e pelo breu
No mesmo dia
Mas nem sempre teve uma boa vista
Viu vendedor esperando o intervalo
Com seu olhar e gestos
Também pessoas pedindo dinheiro, restos
Sentadas entre manequins diversos
Mantinham estendido recipiente para
recepção
Colocado como a fé diz que traria bênção
Isso não seria uma questão de saúde
pública?
Como os gestores cuidam da vida?
Em quem você votou?
Que vais dizer agora então?
Esperava graça no texto
Mas por onde andará tua dicção?
Qual será o contexto?
De graça há graça na vida
Mas por onde anda teu olhar?
Como constróis teus textos?
Por onde tua fala quer trilhar?
Que haja graça na vida
Onde há mais graça na sua?
É graça exclusiva?
Ou podes partilhar a vida?
Uma pessoa tão encantadora
Não ficava falando coisas
Mas o pequeno tinha tanta bondade
no olhar
Que viam-lhe como criança
Lembrando de toda guerra
Que lhe nublava a vida em ação
E colidiu tanto aço com aço e fera
Que constituiu escudo firme no
coração
Carrega o peso de sua proteção
Feito por crenças de amor nas estrelas
Para que a liberdade seja função
De uma força linda com pureza
Deixar o poder fluir
Como a corrente de um rio
Dentro de si, no próprio frio
Ser um calor a existir
Ser crescimento contínuo
Até a fragmentação
Vida que pulsa com instinto
De ser a própria inspiração...
...É um sabor incrível
Que dilata com beleza
Teu Ser
Só mantenha cuidado com as lesões dos
sabores
Um amigo falou uma mensagem que ouviu
Que se você acordou é porque Deus tem plano
Estávamos acordados quando
falamos
E uma pessoa encontrava outra que sorriu
Como você percebe Deus?
Como Deus te percebe?
Tens plano pra hoje?
Há algo alegre?
Para o amigo, esperamos
Que haja energia e potência nas crenças
Que não se fuja de experiências
Que haja na vontade um sol raiando
E por falar em paixão, em razão de viver
Por onde anda você?
Percebes os símbolos que carregas?
O que simbolizam tuas léguas?
De passo em passo, sem pressa
Para onde vais? Como sossegas?
Estar acordado é vital
Dormir bem também
Por onde vai tua paixão?
Por onde vai tua razão?
Como se desenvolver?
Por onde anda você?
Para onde queres ir e onde raia teu dia?
Trilhas teus caminhos com fé e carícias?
Com o quê tens lutado ?
Como vão tuas alegrias?
As tristezas também vão?
Como vão teus dengos?
Aquilo que te cativa
Como está na tua ida?
Fui escrever logo no Carnaval.
Conheces o frevo?
Até o primeiro feito por capoeiras?
Que com o guarda-chuva tinham destreza?
Mas onde fui raiar
Como se tivesse importância ou imponência
Lá vai você proclamar a própria
independência
Embora esconda o choro e anuncie o
sorriso
Vive as emoções que concordam sem brilho
Antes mesmo de entender o “Eu”
Nem ter pressa em encontrar com o “Tu”
A figura se conhece e breu
Protagoniza a luz própria de norte à sul
Se conhecer é joia
Ilumina os caminhos, faz nascer paraísos
Ou tu mesmo podes nascer vivo
Proclamando a própria história
Ainda que fosses olhado pontualmente
E fosses acusado de viver a vida parcialmente
Sem lançar-se adiante em viver em frente
Sendo assim, de si, um distante parente
Faltou de ti o costumeiro sorriso
Ser a si mesmo, finalmente, independente
Responsável por todas as alegrias em
mente
E pelas tristezas consequentemente
Por si e sua vida
As dores e as delícias
Reversando na mesma cantiga
Por onde passas com fibra
E amor
O imenso, vasto, bonito e saboroso agora
Comporta teu presente, passado e futuro
Além das fugas do tempo, teu passo
é seguro?
Você direciona os afetos para dentro
ou fora?
Quando sentiu vontade de falar mais
sobre algo?
Se reprimiu, se coibiu ou se deu um
microfone melhor?
Temes a verdade ou o preço desse barato?
Pior que morrer é viver pior?
Amas como vives? Vives como amas?
Amores podem ser livres, por onde andas?
Por onde queres andar?
Aponta pra fé e rema
Agora
Com a respiração boa e profunda
É possível atravessar maremotos
Sentir delícias em ondas turvas
Que suas pancadas apresentam
chuvas
Com a respiração boa e profunda
É possível balancear as lágrimas
Sentir o corpo potencializar lástimas
Que as pernadas são curvas
Da própria caminhada
Com a respiração boa e profunda
É possível ser o mar, a mata, rios,
açudes
Ser travessias e resistências da alma
que é sua
Deixar o ar entrar e sair, a explosão
ir e vir
Como o renascimento de si
Com a respiração boa e profunda
O sol levantava-se aos poucos
Numa manhã próspera para tantos
Automóveis que não eram poucos
Poluíam visões, travessias e prantos
Ainda assim, surge um dia tão lindo
Onde criança com chupeta e pano
Corre linda na calçada não tão larga
Intransitável para certo humano
Que se olhasse pra frente
Poderia ver um sol lindo
Ou ao lado, arvoredo, belas folhas
caindo
Para onde olhas? Também há folhas surgindo
Como tu surges?
Com sol, trânsito, criança e arvoredo?
Tu conheces teus medos?
Conheça tua visão e também a ti mesmo
© 2010 My Web Blog
designed by DT
Website Templates |
Bloggerized by Agus Ramadhani
| Zoomtemplate.com