Barbaridade
É a ferida histórica que ainda sangra
De ancestrais que não podiam
Cuidar de suas feridas
Capaz
De suportar tortura que não estanca
De ancestrais que fingiam
Não odiar suas lidas
E seus descentes
Após terem condições
De ter os bolsos cheios de dinheiro
Seguem enriquecendo os barões
Gastando milhares em luxos
Que oprimem irmãos e irmãs
Que ainda se sentem culpados
Por não ter ostentações
Ou filtro do Instagram
Para ocultar imperfeições
Éramos perfeitos, harmonizados
Até chegar o invasor
E nos ter usurpado
É por essas e outras
Que no meu coração
Sempre haverá uma favela