Vieram pelo infinito e misterioso azul
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos.
E meu mestre me ensina:
Respira, Buga!
Que o cansaço é a fraqueza da capoeira
É uma arte de resistência, tá ligado?
Se alguém lhe ver cansado
Vai querer dar uma rasteira
Quando meus ancestrais vieram de além-terra
Se fortaleceram no árido e rigoroso marrom
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos
E meu mestre me ensina:
Pensa, Buga!
Quando eu chuto, chuto com a mente
Desce o jogo, finta com a gente.
Não tem medo do chão
Dele viemos e à ele retornaremos
Quando meus ancestrais vieram de além-mata
Fugiam no verde que os acolhera desde sempre
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos
E meu mestre me ensina:
É uma arte de resistência, tá ligado?
Se alguém lhe ver cansado
Vai querer dar uma rasteira
Quando meus ancestrais vieram de além-terra
Se fortaleceram no árido e rigoroso marrom
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos
E meu mestre me ensina:
Pensa, Buga!
Quando eu chuto, chuto com a mente
Desce o jogo, finta com a gente.
Não tem medo do chão
Dele viemos e à ele retornaremos
Quando meus ancestrais vieram de além-mata
Fugiam no verde que os acolhera desde sempre
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos
E meu mestre me ensina:
Uma árvore deveria dar frutos
Já no branco...
No branco há a paz
De quem sabe o que fez e o que faz
De quem soube persistir, de quem quis aprender
E se dispôs a ser um eterno aprendiz de si e das artes
A não querer ser mais do que ninguém
A ser velho mestre e aluno Neném.
Hoje ele vê o branco das nuvens e o azul do céu mostrarem como viver bem.
No fim, sermos tão mestre quanto aluno.
Ter suas raízes e galhos fortalecidos
Pelo tempo, pela estrada, pelo que foi vencido
Com palavras também luto.
Quando meus ancestrais
Pelo tempo, pela estrada, pelo que foi vencido
Com palavras também luto.
Quando meus ancestrais
Alcançaram o sol dourado
Libertaram-se de muitos limites
E o mestre já tinha explicado como existem
Dos poucos que conseguiram chegar
Estamos tão exauridos
Do roxo das pancadas da vida
Ao vermelho que nos sangrou a lida
Há semelhante garra e compaixão
Em resistir com veemência a tudo que diz não
Libertaram-se de muitos limites
E o mestre já tinha explicado como existem
Dos poucos que conseguiram chegar
Estamos tão exauridos
Do roxo das pancadas da vida
Ao vermelho que nos sangrou a lida
Há semelhante garra e compaixão
Em resistir com veemência a tudo que diz não
Já no branco...
No branco há a paz
De quem sabe o que fez e o que faz
De quem soube persistir, de quem quis aprender
E se dispôs a ser um eterno aprendiz de si e das artes
A não querer ser mais do que ninguém
A ser velho mestre e aluno Neném.
Hoje ele vê o branco das nuvens e o azul do céu mostrarem como viver bem.
No fim, sermos tão mestre quanto aluno.
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