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Canto de Buga

Lar de minha alma. e com a devida permissão, das suas.

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Que droga

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quarta-feira, agosto 30, 2017
Sob efeito de álcool
Declarações de amor foram feitas
Poesias nasceram
Bebês morreram
Carros bateram
Desculpas foram aceitas

Sob efeito de vacina
Curas foram entregues às meninas
Vírus retiveram
Bebês morreram
Leis bateram
Outras foram aceitas

Sob efeito de coca
Ceais de natal foram celebradas
Televisores ligaram
Bebês morreram
Culturas bateram
Políticas foram aceitas

Sob efeito de sal
Casas de fé foram isoladas
Comidas apuradas
Bebês morreram
Pressões bateram
Dietas foram aceitas

Sob efeito de fumaça
Mensagens-paz foram enviadas
Shows aconteceram
Bebês morreram
Aviões bateram
Químicas foram aceitas

Que droga.
Há gente no meio
A gente do meio
Fica vendo o bebê homem
Ser errado e direito

Que droga
Tem gente no meio
A gente do meio
Vai dizendo que a vida
É nuance desse jeito

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O Céu Zulu

Cantado por Luiz Veloso /Quando? segunda-feira, agosto 28, 2017
Quando meus ancestrais vieram de além-mar
Vieram pelo infinito e misterioso azul
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos.

E meu mestre me ensina:
Respira, Buga! 
Que o cansaço é a fraqueza da capoeira
É uma arte de resistência, tá ligado?
Se alguém lhe ver cansado
Vai querer dar uma rasteira

Quando meus ancestrais vieram de além-terra
Se fortaleceram no árido e rigoroso marrom
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos

E meu mestre me ensina:
Pensa, Buga!
Quando eu chuto, chuto com a mente
Desce o jogo, finta com a gente.
Não tem medo do chão
Dele viemos e à ele retornaremos

Quando meus ancestrais vieram de além-mata
Fugiam no verde que os acolhera desde sempre
Os que conseguiram chegar
Estavam tão exauridos

E meu mestre me ensina:
Uma árvore deveria dar frutos
Ter suas raízes e galhos fortalecidos
Pelo tempo, pela estrada, pelo que foi vencido
Com palavras também luto.

Quando meus ancestrais
Alcançaram o sol dourado
Libertaram-se de muitos limites
E o mestre já tinha explicado como existem
Dos poucos que conseguiram chegar
Estamos tão exauridos

Do roxo das pancadas da vida
Ao vermelho que nos sangrou a lida
Há semelhante garra e compaixão
Em resistir com veemência a tudo que diz não

Já no branco...
No branco há a paz
De quem sabe o que fez e o que faz
De quem soube persistir, de quem quis aprender
E se dispôs a ser um eterno aprendiz de si e das artes
A não querer ser mais do que ninguém
A ser velho mestre e aluno Neném.

Hoje ele vê o branco das nuvens e o azul do céu mostrarem como viver bem.
No fim, sermos tão mestre quanto aluno.
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domingo, 20 de agosto de 2017

De Onde Vêm?

Cantado por Luiz Veloso /Quando? domingo, agosto 20, 2017
Criança faz cada pergunta difícil
Que a gente não tá preparado pra responder
Se encabula, se assusta, faz até parecer
Que a gente não se come animalescamente

Todo dia, Todo dia.

De onde vêm as verdades?
Perspectiva permissiva, amor
No teu olhar elas nascem
Que você já fudeu tudo que olhou

De onde vêm as mentiras?
Escolha ativa, amor
Das verdades que construístes em cima
Das rivais que você inventou

De onde vem a existência?
Da temperança e do caos, amor
Que verdades se casam e se traem
Todo dia, todo dia.

Tu também sabes trair.
Eu te ensinei.
A partir do momento que mesmo te amando
Eu te deixei.

Não piora a mentira. Assume o que é teu
Não foge de ti, pessoa linda
Fode também as verdades de outrem
E a tuas ganharão mais vida.

Todo dia, todo dia.

Somos todos crianças ilegais
Filhas bastardas de nossos ideais
Somos humanos.
Esse bicho tronxo. 

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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Olhos Nus

Cantado por Luiz Veloso /Quando? quinta-feira, agosto 10, 2017
Olhos nus.
Olhos.

Trazem consigo toda luz
Toda não-luz.
Que olhando você já reduz
Ao que queres ou ao que não queres perceber

Teu olhar está impregnado de ti
Desimpregina-o pois quando fores me olhar
Lança-te na, saibas desde já que falha, missão de me ver

Irás então despir meu olhar.
Big bangs explodirão em nós de rosa
Abrilhantando tudo que aprendemos.
Tudo que amamos, e talvez ainda amemos

Explodirão em nós boca de lobo
Que formam em nós tudo que aprendemos
Tudo que amamos, e talvez ainda amemos
Ao menos, por via da saudade do que fomos e da esperança de sermos mais ainda

Nos olhos nus.
Olhos

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De onde vim, sou turista. Pra onde vou, sou oriundo. Meu lar é todo o mundo, Meu mundo é artista.
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Basta de poemas individualistas e que servem muito mais a quem os faz do que a quem os lê - Artaud

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