Atlas
enfrentou Zeus
Atlas
perdeu
Atlas
não podia amar o mundo
Atlas
tinha que segurar o céu
Davi
enfrentou Deus
Davi
perdeu
Davi
não podia amar todo mundo
Davi
tinha que marchar pelo céu
Como
castigo, Atlas não podia amar.
Como
missão, Davi não podia amar.
Atlas
guia quem Zeus manda
Davi
protege o que Deus ama
No
pós-vida, Ícaro e Cristo sorriem juntos.
Ícaro
amou o Sol tanto quanto deu
Cristo
fez com as leis o que bem entendeu
No
pós-vida, Davi e Atlas choram juntos
Os
fios cinzas que no juízo coletaram, cinzas que não vingaram
Fênix
que não voltou, amor que viajou enquanto eles salvavam o mundo.
Mas
eles salvaram o mundo?
Deles
mesmos? Um sorriso de canto de boca.
Malícia
do submundo, anjos tortos, imundos.
Cheios
de amor proibido.
Fios
cinzas correm os asfaltos
Lembram
os atos de heroísmo
Tanto
quanto atos falhos
Filhos
de nossos sacrifícios
Numa
boca cabem quantos sorrisos?
Se
beijam, no máximo dois.
Há
choros que possibilitam tantos sorrisos
Deixa
que eu conto depois.
Cristo,
Ícaro, Atlas, Davi.
Dançam,
se matam, se amam
Numa
guerra santa
Dentro
de mim.
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