É
bem difícil olhar no espelho
Depois
de tanta luta pra negar-se a si mesmo
A
dor que chega primeiro, é o velho desespero
Que
em cada fio de sua longa barba
Carrega
toda a vontade não realizada
Querendo
seduzir-nos a tornar a carne saciada.
Uma
orelha...
Que
só quer um pouco de voz amiga ao anoitecer
Um
pulmão...
Que
só quer combustão pra matar o frio
Uma
boca...
Que
só queria colar-se a de qualquer ser
Uma
pele...
Que
se estica querendo atritos mil
Seja
uma voz, um trago, um colo, um gole, um beijo...
no
fim da noite, é tudo vício do mesmo jeito.
8 comentários:
- e todos esses vicios costumam se reunir, em um só ser, talvez um que pouco se importe, ou um que se importe demais, mas sempre haverá vicios inconcientes, que existiram sempre em tua presença. -
eu precisava complementar do meu jeito um de teus poemas, amigo eu tô com saudades, e esse poema é lindo tá, meu trecho ta horrivel mais não liga não, foi só pra deixa um toq meu por aqui.
E vou te dizer, teus textos tb viciam! rsrsrs... Amo tu, bj!
"(...)uma voz, um trago, um colo, um gole, um beijo..."
Não sei explicar direito... linda Gúh!! ;)
Hummmm muito interessante..rsrs
SUPIMPAÇAA guuga!
toca aq..em cima! =P
"uma boca...
que só queria colar-se a de qualquer ser"
de qualquer ser? ou a do desejado? :S
hahahaha
não faço idéia...só quem sabe é o eu lírico ;)
Qnd vc encontrar com ele, faz essa pergunta por mim xD
AHAHAHA brinks :***
Tem dia que me levanto, olho no espelho e digo:
"Não farei a barba hoje."
Mal sabia eu que aquilo realmente refletia a não-realização de vontades, sejam elas obscuras ou escancaradas.
Acredito que os vícios constróem o ser, e é bom, é só saber filtrá-los.
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