Somos as coisas que falamos
Há afirmação pela negação
Há defesas contra nossa escuridão
Somos ainda mais o que calamos
Somos a música que dançamos
Há vozes que silenciamos
Há silêncios que inventamos
Para nos proteger
Ou proteger além
Para destruir-nos
Ou destruir além
Através dos sentidos
Somos o que sentimos
E sabemos quem somos
Até tentar explicar, definir, enquadrar
Aí já não sabemos mais