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Canto de Buga

Lar de minha alma. e com a devida permissão, das suas.

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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Inté

Cantado por Luiz Veloso /Quando? terça-feira, novembro 19, 2019
Hoje a lua não brilhou no céu
Tampouco o sol resplandeceu
Grossas camadas de fel
Nublam um dia que não amanheceu

Grossas camadas de alegria
Hoje não trazem energia
Tampouco trazem vida
Nublam o sorriso que não nasceu

Morreu precoce
Antes que pudesse curar a tosse
Que escarra o cansaço da repetição
De viver sem sentido até a exaustão

Já exaurido do jogo, o poeta não repetirá
Palavras bonitinhas pra concordar
Com o predicativo do sujeito
A falta de fé lhe enche o peito

E grito sai como vontade de lutar
Se o poeta pudesse
Lutaria como lutou Davi
Inspirando seu povo a sorrir

Mas foi o poeta ver Davi cair
Que mudou o treinamento
A maior rasteira vem de dentro

E na impossibilidade de lutar contra si até a morte
O poeta joga com a própria sorte
No jogo de dentro mais difícil de se jogar
O que se joga dentro do próprio olhar

Inté quando veio a sinhá 
Inventando motivo justo
Pá o capitão me cegá
E mamãe já dizia que eu era avoado
Aí danosse pá imaginação danada
Me mudasse a alma
Que pá eu me olhá
Só cum rosto no Sol
Sentindo o calor do olho de Tupã
Sou curumim de amanhã 
Depois volto pra terminar a mensagem 
Mas não vai ter dificuldade 
Que não cicatrize
Feridas de ontem são diretrizes
Para proteções de hoje

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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Conteúdo, Forma e Sentido?

Cantado por Luiz Veloso /Quando? segunda-feira, novembro 11, 2019
A ordem dos fatores
E o produto
Dessa relação múltipla
Entre forma e conteúdo
É alterada pela música
E pela dança dos polos
Que ultrapassam o dualismo

Mas o romântico falou
Que o conteúdo vale mais
A forma tanto faz
Maior é o amor que vai mais fundo

E que o título do poema deveria ser
Conteúdo e Forma
Também pra respeitar a norma
Da ordem alfabética

Mas o desordenado pensou
Que a forma foi que fez
O conteúdo ter vez
De ser ouvido e aplaudido

Que se a forma falhasse na missão
O conteúdo se perderia
Em profunda inadequação
De boa noite em bom dia

Mas o educador ponderou
Que a forma que o aluno aborrece
Por vezes é sua prece
A uma imaculada intervenção
Que poderia ser sua salvação

Mas o que a escola vê de conteúdo
Na forma de sua ação
É mais um desordeiro
Que requer punição

O herói não conseguiu
Acompanhar a discussão
Com tamanha fundamentação
E foi logo metendo a mão

Não suportou o peso
Da lei da reação
Não houve maçã alguma
Que lhe ensinasse a lição

O político só falou
Da importância da diplomacia
Mas não soube intervir
Em como o nome do poema seria

Mas parece que marcou uma reunião
Para um dia aí
De uma semana corrida
Que ainda está por vir

O adolescente reclamou
Que no poema não tinha internet
E que tinha mais de 140 caracteres
Por isso não valia ser lido

Como se a forma pecasse
Por não se fazer curta
Para que caiba no HD
De uma mente turva

Um coração já envenenado
Pelo melhor licor de corpo suado
Outrora bebeu como fosse elixir da vida
De deixar mesmo escorrer pela virilha

Hoje não quer saber de formas
Que lhe virem os olhinhos
Mas não sejam plataformas
Que lhe elevem o espírito

O libertino vociferou
Se não aguenta pra quê veio?
Amor é pra quebrar no meio
As expectativas de louvor

E que se o coração
Não se dispõe a sofrer
Corre o risco de perder
Sua ardente paixão


O poeta não conseguiu segurar a gaitada
Quando viu o povo entrar na enrascada
E no perigoso risco
De viver sem sentido

Eu sou todos os personas
Todas as vertentes
Sou asa e sou corrente
Nascente e poente
Água e ardente

E tudo que se sente
Diz sobre quem é a gente
Dos conteúdos e formas
Que tu escolheste ler
Agora me diga
Quem é você?

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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Maré Alta

Cantado por Luiz Veloso /Quando? segunda-feira, novembro 04, 2019
As palavras do poeta
Se movimentam com vida própria
O leitor não enxerga
Sua linda trajetória

Eu escrevo porque preciso
Com o corpo em alto risco
Meu poema está escrito
Na dança que me faz lindo

Cada passo dado, cada passo negado
Cada golpe afirmado, o jogo superado
Tudo tem uma assinatura
De quem fez da alma santa escritura

caso não se aplique seus mandamentos
Murcha, padece em tormentos
O artista sem a arte
Se anula, se mata, se esquece

A necessidade de amor
Move todos os seres
E a ausência dele
Estaciona os saberes

Se amar é proibido
O que fazer consigo?
Que fatalmente nasceu do pecado
E não entende o que tem de errado
Em dar o melhor de si
Em ver tanta criança sorrir
Em ver tanta vida aqui
Onde o sol se põe
No estratégico horizonte
Do olhar dos alunos
Nova nascente sagrada
De vida potente e renovada
Na superação de tantos limites

Que a gente quase esquece
Que é feito de sangue e sonho
De falha e acerto, de medo e fé
A pessoa só pode ser o que é

E desde que decidi dar as costas
Para verdades impostas
Venho fundando respostas
Eis a fundamental:

Eu sou todo amor

Mas faça-me um favor
Quando for olhar o mar
Não fique entre ele e o rochedo
Principalmente se não souber nadar
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Luiz Veloso
De onde vim, sou turista. Pra onde vou, sou oriundo. Meu lar é todo o mundo, Meu mundo é artista.
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seja para enaltecer-me, seja para julgar-me nada
seja para tardar o amanhecer, seja para não acordar...
eu escrevo!
para vocês que suportam.

Basta de poemas individualistas e que servem muito mais a quem os faz do que a quem os lê - Artaud

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