Era
amor.
E
ai de quem diga que não era!
Apesar
de muito verdadeiro
e
muito menos lírico do que se espera.
Não
havia prudência
nem
tão pouco previsões.
Só
havia surpresas
e
diversas transgressões.
E
exatamente por termos transgredido
o
princípio básico das relações humanas
num
desrespeito recíproco
com
carícias tão profanas
E
por não termos deixado
nenhuma
esperança de futuro deslumbrante
nem
jantares irritantes
de
famílias moralistas
E
por termos esquecido o fato de termos passado
e
termos passado na tarde um do outro
pra
deixar um cheiro
de
saudade
É
que eu digo que livre como todo ele deve ser,
Era
amor.
E
ai de quem diga que não era!